Aquela pilha de coisas jogadas à revelia
Que não se resolveram
Parece não querer diminuir
As manchas insistem em não sair do colarinho
Ninguém parece querer lavá-la, encardida
Aquele amontoado de alinhavados sujos
Que têm as linhas afrouxadas pela falta de contato
Querer fingir que está tudo limpo é seu maior erro
Minha ingenuidade me irrita, maltrata
Sua falta de memória me assassina
Segundo a segundo
Ponto a ponto de linha suja
Meu desprezo é pra você sentir
O menor pedaço da dor que sobrou em mim
E nós somos cínicos ao ponto de sorrir
Pára, pára
Raiva, sou eu de novo