terça-feira, 15 de setembro de 2009

Inconsequentes

A atração partiu dos olhos
E tomou força suficiente para que, rapidamente,
Se tornasse uma paixão inesperada

A paixão, violenta e inconsequente como qualquer outra,
Não falhou desta vez e se fez intensa

A intensidade foi tamanha que,
Em um par de aparições do sol,
Não deixou tempo para que o amor aceitasse encontrar abrigo
E se colocasse em seu devido lugar

Não houve tempo para o amor
E para as verdades mais sinceras e eternas que seriam ditas depois

Houve tempo apenas para que aquele olhar brilhante e mágico
Petrificasse em minha memória
E se tornasse lembrança que, acredito, preferiria cotidiano eterno

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Amor rupestre

O que não sentia há muito tempo
Todo o tempo deste corpo que aqui jaz
Era unicamente o que precisava

Quiçá na era passada ou outra anterior
Tenha, minha alma, sabido o que era

O que pude escrever na caverna de Platão outrora
Tão somente era o que pude sentir com sua presença
Era maior que tudo o que poderia provar até então

Quiçá era tão verdadeiro
Que os sentidos postergaram-se

O que me faz estar aqui, sobrevivendo
Tendo um corpo vivo que carrega nos olhos a alma dilacerada
É procurar novas pistas que não estão em cavernas

Pistas que me levam a você