domingo, 27 de julho de 2008

Jazz

Minha vida, ultimamente, tem sido como uma música de jazz. Bastante confusa por sua complexidade. Leva tempo até que você a entenda completamente. Ela tem muitos tempos diferentes e em sua maioria é apenas instrumental, ou seja, sem voz. Assim como nas músicas, não tenho ouvido muitas vozes ultimamente, utilizado a minha: muito menos.
Ainda tento ouvir todos os sons que emanam deste fenômeno, para que, de alguma forma, me despertem. Mas será que sou eu, realmente, quem está fora do ritmo? Tocando a vida da forma que não encontro uma boa saída? Poderia ser o inverso: as pessoas não dão a mínima para a minha obra mesmo, nem para quem sou nem para que sirvo.
A única diferença perceptível entre minha vida ultimamente e o jazz é a de que os músicos de jazz sabem muito bem o que estão fazendo e todos têm seu momento de destaque na apresentação.
Mas o certo e imutável é que não quero terminar como um triste músico solo.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Apesar de tudo

Apesar de o Universo ser desconhecido como a palma da minha mão;
Apesar de o mundo ser esta conspiração, esse caos ordenado;
Apesar de a vida já ser tão frágil e passageira, pessoas ainda matam umas às outras.
Apesar disso, ainda tenho esperança.

Apesar de a árvore estar seca;
Apesar de o jornal não esquentar o mendigo;
Apesar de a boa música não tocar
e de a água já não ser mais tão límpida e bela;
Ainda assim tenho esperança.

Apesar de não haver mais brilho nos olhos;
Apesar de não haver mais abraços de verdade;
Apesar de não haver mais amor sem dor;
Apesar de se quer existir a verdade, ainda tenho esperança.

Apesar de tudo ainda tenho esperança.