Mudou
quase tudo o que existia dentro em você
Sentir
parece já não ser prioridade
Procurei
todos os teus sinais em dégradé
Mesmo
sabendo que amar parece já não ser tua vontade
Como
quem não sabia de suas mudanças, te disse:
“O
amor próprio é egoísta demais pra ser amor”
Como
se aquilo, para você, não existisse
Tornou-se
uma inverdade incolor
Triste
é saber que não sei o que será
Triste
é não saber o que pensar
Já
que teus olhos ainda brilham o mesmo
Mas
teu olhar parece trabalhar à esmo
Pensei,
neste longo hiato,
Justamente
sobre tudo o que foi dito
Sobretudo
mudou-se quase tudo, de fato
Colocando-me
a pensar sobre o amor infinito
Dos
olhos ao olhar, como já visto
Muita
coisa mudou, no ato
Poderia
repetir tudo aquilo que foi dito
Num
único lugar ainda te reconheço: no tato
Não
posso provar-te que penso em partir
Mas
pretendo convencer-te a pensar no porvir
E
seria, isto, contigo até o infinito
Tornarei
o que almejo um fato ou um mito?