No instante em que a viu, se apaixonou
No instante em que o viu, o ignorou
Não olhou mais para ela
Queria ensaiar mais uma vez seu olhar
E acabou por não olhá-la
Não olhou mais para ele
Não chamou sua atenção sequer no brilho dos olhos
E acabou por não olhá-lo
Chamou o garçon e pediu-lhe:
“Entrega a ela o bilhete”
Viu de onde vinha o bilhete e sem lê-lo, pediu à amiga:
“Rasga o bilhete”
Ele, desacreditado, inquietou-se
Ela, estática, permaneceu
Ele não disse a ela nada
Queria ensaiar mais uma vez o que falar
E acabou por não dizer
Ela não disse a ele nada
Pouco ligava para quem ele era
E acabou se arrependendo
Percebendo que escreveria o poema mais feliz de sua vida
3 comentários:
Xaráa, quanto tempo que nao vinha aqui.. sinto falta as vezes, nesse mundo de blog vejo muita prosa e pouca poesia e, nossa, eu adoro sua poesia!
Baci.
Os emaranhados romanticos são sempre bons.. adoro esses desencontros amorosos, eles tem o poder de se transformarem sempre em belos poemas!
Abraço
Lindo ,Marcelo!
Consegui imaginar a cena perfeitamente...
Eu sei que é uma poesia, mas você deveria pensar na possibilidade de uma continuação para essa história.
Confesso que imaginei milhões de possibilidades para o que viria depois disso. rs*
Gostei muito!
Abraaaaços!
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