segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Como a água

Eu preciso de você
Em todas as suas formas
Sentir, ao seu lado, a dor
E a alegria emanada de sua alma
Nestas águas turbulentas de sentimentos entrelaçados

Preciso, novamente, sentir seus sinais vitais
E seu sangue, com vida própria, pulsando
Acreditando ser possível misturar-se ao meu
Como a água do rio quando encontra o mar aberto em paz
Para, assim, acreditar que aqueles breves momentos foram reais

De seu corpo, guardo a lembrança do carinho
De seus olhos, guardo a cor e a sinceridade
Como a água límpida e pura da chuva
Que espero ansiosamente para encontrar novamente
E o afeto incondicional que sabe que lhe tenho

Dos meus olhos, sei que guarda a sinceridade
Que, pudeste perceber, derramaram-te palavras líquidas
Palavras que cumpriram a missão de me abrir as comportas dos olhos
Para que jorrassem a vontade pelas objetivas
Como abrem-se as comportas de uma represa trancafiada há tempos