sexta-feira, 20 de junho de 2008

O Rei de Espadas

Com o semblante de quem é forte
Imponente e corajoso
Decidido e garboso
Parecia ser sábio e equilibrado

Enfim, inatingível

Quiçá nunca contrariado ou coagido
Claro, pois atravessara embustes perigosos durante toda a vida

Porém, ninguém foi capaz de saber o que ele pensava
Ou o que sentia
Nenhum deles soube como é estar ali
Ou como é sentir o que ele sentiu

Ele era um rei de espadas

Que atacava com elas
A fim de despejar sua tristeza

Que se defendia com elas
Para não ser atingido por qualquer palavra

Que se escondia atrás delas
Para não demonstrar sua frágil lucidez

Um comentário:

Anônimo disse...

Há muitos reis de espadas disfarçados por aí.... Suas espadas representadas por gestos, ou até mesmo por semblantes... Tristeza, alegria, rigidez... Por que não? São suas barreiras invisíveis...Mas elas os protegem de quê? Do mundo? Ou deles próprios?
Confesso, que essa é a poesia que eu mais gosto das que já li por esse e pelo outro blog!
E pode deixar que vou aparecer por aqui sempre... Percebi que tinham deletado o outro,fiquei sem entender o porquê também!
Abraços...
E sorte com o blog novo!